segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Calor altera horário do gasto de energia elétrica na Baixada Santista

Enquanto uns apelam ao refrescante banho de mangueira, outros pedem aos chefes para vestir bermuda em pleno expediente. Há ainda aqueles, os privilegiados, que ficam o dia inteiro no ar-condicionado. O fato é que o calor atípico deste início de ano surpreendeu a todos e, pela primeira vez, mudou a realidade quanto ao consumo de energia elétrica na Baixada Santista.

Até o final de dezembro, as concessionárias que distribuem eletricidade às nove cidades da região voltavam a atenção para o período noturno, principalmente após as 18h30. É o momento em que a família se reúne, depois das tarefas do dia, em casa, para relaxar. Havia, então, o acionamento da maioria dos eletrônicos – como, neste período, os aparelhos de ar condicionado –, utilizados até a hora de dormir.

Agora, com o intenso calor durante todo o dia, a realidade mudou. “O pico de energia passou a ser em torno das 14h30 pela primeira vez na história. Nossas atenção e preocupação com o sistema se anteciparam, portanto”, explica o gerente de Distribuição da Elektro, Luis Alessandro Alves.O novo panorama mostra que as pessoas deixaram de esperar a casa cheia para ligar os aparelhos climatizadores.

“Houve, de fato, uma antecipação no horário de pico na Baixada Santista para a tarde. Tudo por causa do calor”, reitera o gerente de Transmissão da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) Piratininga, Cristiano Santos Cucatti. Ele, porém, não pontua um horário específico, pois o perfil da área de cobertura da empresa difere daquela da outra concessionária de energia.

O fato é que qualquer hora é motivo para fugir do calor. A CPFL, por cobrir cidades primordialmente comerciais, registra consumo de energia mais de manhã e à tarde - esta, a parte do dia em que se intensificou o consumo em janeiro. A Elektro, que fornece energia para áreas mais residenciais, verifica que o consumo passou a ocorrer no período do almoço, quando algum integrante da família já está em casa.

AUMENTO
O calor deste início de ano fez com que houvesse aumento médio de consumo de 8,5% em toda a Baixada Santista, de acordo com os representantes das duas concessionárias que atuam na região. Apesar de o horário brasileiro de verão estar em vigor, a elevaçãonos índices ocorre por causa do clima aquecido, que fez com as pessoas não pensassem em economizar na conta de energia.

No entanto, para os mais acalorados, o acréscimo no consumo individual pode variar entre 30% e 40%, conforme previsão da Elektro e da CPFL (veja infográfico). Para controlar o impulso e não acumular despesas, a estratégia recomendada pelos especialistas é que os condicionadores de ar sejam utilizados para refrescar o ambiente e intercalados com os ventiladores, que gastam o equivalente a 10% do ar-condicionado.

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