quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Bombeiros localizam mais um corpo e Itaóca, SP, registra 25 mortos

Corpo de jovem de 19 anos foi localizado por dois pescadores de Itaóca.
Duas pessoas continuam desaparecidas no município.


O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil informaram que mais um corpo foi encontrado entre aqueles que estavam desaparecidos, por conta da enchente que assolou Itaóca, no interior de São Paulo, na noite do dia 12 de janeiro. Agora, já são 25 pessoas mortas, sendo que duas continuam desaparecidas.
Itaóca fica no Alto Ribeira, no interior de São Paulo (Foto: Arte G1)
A vítima encontrada mais recentemente é uma jovem de 19 anos. Dois moradores da cidade estavam pescando no bairro Fazenda quando avistaram algumas aves sobrevoando uma certa região próxima de onde eles estavam. Ao se aproximar do local eles localizaram o corpo da mulher.
O temporal em Itaóca começou por volta das 19h do dia 12 e durou até o amanhecer do dia 13. As avaliações técnicas do Instituto Geológico da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, realizadas após a enchente, mostraram que o nível do Rio Palmital subiu entre 4 e 5 metros e acabou transbordando. No mesmo local e período, estima-se que, em 6 horas, choveu 150 milímetros. Para se ter uma ideia, uma chuva normal nos dias de verão pode chegar a 30 milímetros em média.
O Corpo de Bombeiros segue as buscas. Além disso, o trabalho continua no intuito de resgatar as vítimas e restabelecer as pontes da região, afetadas pelas fortes chuvas deste episódio.
Até o momento, 34 pessoas foram abrigadas na Escola Municipal Elias Lages de Magalhães e 180 estão desalojadas. A prefeitura de Itaóca está aceitando doações que servirão para auxiliar na reconstrução da cidade.

Governador visitou a cidade
O governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, chegou ao Alto Ribeira na tarde do dia 13 de janeiro. Ele visitou as áreas afetadas pela chuva e decidiu dormir na região para acompanhar os trabalhos de resgate no dia 14. “A situação é de calamidade pública, extremamente grave. A tromba d’água afetou diversas áreas e ainda causou deslizamentos”, afirmou na época.
Alckmin lembrou que outras cidades do estado de São Paulo, como São Luiz do Paraitinga e Cunha, também foram atingidas e destruídas por fortes chuvas em outros anos. Depois da situação de calamidade pública, foram colocados sensores nas cidades que avisam quando o rio está começando a subir. Segundo o governador, esse tipo de medida pode ser implantada também no Vale do Ribeira. "Talvez seja possível. O chefe da Defesa Civil está estudando a situação. O ideal seria a construção de uma barragem para regularizar a bacia do Rio Ribeira. Há questões ambientais e está na Justiça. Agora é preciso dar todo apoio humanitário, salvar vidas, ajudar as famílias e depois ajudar a cidade, que é uma cidade carente. É uma região bastante montanhosa", afirmou o governador na ocasião.
Cidade de Itaóca, SP, foi devastada por temporal na semana passada (Foto: Reprodução / TV Tribuna)Cidade de Itaóca, SP, foi devastada por temporal
(Foto: Reprodução / TV Tribuna)
Destruição
A cidade de Itaóca, que possui 3.332 habitantes, ficou parcialmente destruída por causa do temporal. Várias pontes e ligações viárias foram danificadas por causa das cheias. O Rio Palmital transbordou e causou a inundação de mais de 100 casas. Além disso, o município ficou durante várias horas sem fornecimento de energia elétrica e água. A luz voltou ao município no início da tarde de segunda-feira.
Alckmin homologou, no dia 15 de janeiro, o estado de calamidade pública em Itaóca. De acordo com a Defesa Civil 332 pessoas foram desalojadas e 21 ficaram desabrigadas.
Fonte:g1

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