'É uma dor que não passa', diz tio de vítima de acidente aéreo no RS

Darlan Kabata dos Santos, de 31 anos, fazia curso de pilotagem.
Jovem era sobrinho do prefeito de Sete Barras, no interior de SP.

Darlan Kabata era sobrinho do prefeito de Sete

O sobrinho do prefeito de Sete Barras, cidade localizada na região do Vale do Ribeira, no interior de São Paulo, morreu em um acidente de avião, nesta quarta-feira (29), em Cachoeira do Sul, no Rio Grande do Sul. Ademir Kabata, prefeito da cidade, afirma que ele e a família estão chocados com o acidente e muito abalados com a morte do jovem.

Darlan Kabata dos Santos, de 31 anos, morava em Sete Barras e trabalhava na Aero Agrícola Banavale, atuante em Agricultura e Pecuária. Há cerca de 20 dias, ele foi para Cachoeira do Sul e estava terminando o curso de pilotagem aeroagrícola para trabalhar com aviões de pulverização. Ele e o instrutor de voo, Arthur Demétrio, faziam o trajeto de volta de Santa Cruz do Sul para Cachoeira do Sul quando o avião caiu, na manhã desta quarta-feira, em uma lavoura de soja no interior do município, na localidade de Rincão do Kipley, próximo a BR-153. Os dois morreram no acidente. As causas ainda serão investigadas pela Polícia Civil.

Na página pessoal de Darlan nas redes sociais, o jovem tinha o costume de postar todos os dias comentários sobre as aulas de voo. Em algumas fotos, ele aparece dentro de aviões. Em outras, mostra o estacionamento de aeronaves.

Prefeito eleito de Sete Barras, SP, Ademir Kabata,
no dia da nomeação (Foto: Reprodução/TV Tribuna)

O prefeito de Sete Barras, Ademir Kabata, ficou sabendo da morte do sobrinho algumas horas depois do acidente. Darlan era filho da irmã de Kabata. Segundo ele, a família está muito abalada com a morte do jovem. “É um momento doído para a família e para a cidade. Ele era bem querido. Foi uma tragédia. É uma dor que não passa”, afirma ele. O tio lembra das últimas vezes que viu o sobrinho, nas festas de final de ano. “Eu me lembro dele na minha casa, no Natal. Depois, no Ano Novo, ele foi para a casa da noiva e, depois, para Cachoeira do Sul. Estava há uns 21 dias lá. A gente não tem nem palavras. Você nunca espera que aconteça isso”, afirma.

Ainda segundo Kabata, integrantes da diretoria da empresa onde o jovem trabalhava foram paraCachoeira do Sul na noite desta quarta-feira. Eles chegaram de madrugada e irão cuidar da liberação e transporte do corpo de Darlan. O velório será realizado em Sete Barras, mas ainda não há o dia e o horário definido.