sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Em 15 dias, 12 pipas são apreendidas com cerol em Praia Grande

N/ADoze pipas com cerol (mistura de pó de vidro e cola) foram apreendidas pela Guarda Civil Municipal (CGM), em um intervalo de 15 dias, em Praia Grande. Aparentemente uma brincadeira inofensiva, empinar pipa pode se tornar fatal a linha estiver com a mistura.

Na última segunda-feira, a imprudência resultou namorte de um zelador de 32 anos, que trafegava  pela Avenida Martins Fontes, na entrada de Santos. O motociclista foi degolado e faleceu no local, na pista sentido São Vicente. Ele trabalhava no Gonzaga e estava voltando para a casa onde mora, na Zona Noroeste.

O acidente fatal ocorreu dois dias após o bagagista Everton Miguel de Brito, de 24 anos, quase perder o pé também em função de uma linha de pipa com cerol. O bagagista voltava do trabalho no sábado pela Avenida Afonso Pena, em Santos, quando foi atingido, no pé esquerdo.

Para coibir este tipo de brincadeira, principalmente durante os meses de férias escolares, a GCM intensifica a fiscalização do uso e comercialização de linhas de pipa com cerol. A blitz é feita pelas equipes de quadriciclo, que realizam o patrulhamento pelas areias da praia, e de moto, que atua mais nas margens da Via Expressa Sul, por onde passam muitos motociclistas.

De acordo com o comandante da Guarda Civil Municipal, Marco Alves dos Santos, o trabalho é focado principalmente na prevenção, mas havendo necessidade, as equipes apreendem o material. “As equipes buscam sempre conversar com as crianças ou até mesmo com os pais, orientando sobre os riscos do cerol. Os casos que vimos recentemente na mídia mostram como isso é perigoso e pode acabar com a alegria de muita gente”.

Conforme levantamento realizado pela GCM, no mês de dezembro foram apreendidas 15 pipas cujas linhas estavam com cerol. Já no mês de janeiro, somente entre os dias 2 e 17, foram 12 apreensões.

No Município, a Lei 188/98 proíbe a utilização e comercialização de linhas com cerol, que prevê não só a apreensão do material como também a aplicação de multa de 50 UFIR. Já o estabelecimento que for flagrado comercializando o produto está sujeito à cassação da licença de funcionamento, com lavratura de termo de fechamento administrativo, sem prejuízo das demais penalidades previstas em lei.

A corporação conta ainda com a ajuda da população, que pode fazer denúncias através do telefone 199.

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